Universidade Federal do Acre
Centro de Ciências Biológicas e da
Natureza
Licenciatura Plena em Química – 1º
Período
Docente: Murilena Pinheiro de Almeida
Disciplina: Investigação e Práticas
Pedagógicas
Amanda
Mitiko Junqueira Marui, Diego
de Souza Oliveira, Eloir
da Silva Lima, Gabriel
Mitsuro Junqueira Marui, Maria
Jaqueline de Miranda Souza e Nathânia
Oliveira Silva
Assunto
Trabalho elaborado e entregue a professora de
Investigação e Práticas Pedagógicas, Murilena Pinheiro de Almeida como parte da
avaliação da N1.
Rio Branco/Acre
Setembro de 2012
Introdução
O
referido trabalho tem por objetivo analisar o desenvolvimento na educação de
química, pois sabemos que esse desenvolvimento é fruto de muitas pesquisas e
avanços tecnológicos em prol de melhores condições de vida. Este faz uma linha
do tempo desde a chegada da química no Brasil e suas aplicações até os dias
atuais, onde tentamos aplicar os melhores conhecimentos para o progresso da
educação e consequentemente a melhoria da economia do país. Podemos também
analisar que os primeiros indícios dessas aplicações químicas foram nas
plantas, na extração de cores e na utilização de boticários, também
farmacêuticos, que é usado ate os dias atuais.
É
importante observar que a educação nesta área veio trazida pela colonização,
neste trabalho você vera que tiveram várias escolas, alguns institutos e
universidades que fizeram as primeiras formações neste país. Observamos que o
ensino foi se modificando e atualmente as universidades tem um bom desempenho
tecnológico. Enfim, discutiremos os seguintes questionamentos: Como surgiu o
interesse pelos estudos da química no período da colonização do Brasil? Como se
deu o processo de inserção da química nos cursos de licenciatura? O que pode se
destacar como avanços no plano educacional? Quais são os desafios a serem
enfrentados para usarmos a química a favor do desenvolvimento sustentável?
O início da química no Brasil
A
química tem seu início no Brasil desde a colonização, com a carta de Pero Vaz
de Caminha enviada ao Rei Dom Manuel para dar notícias da nova terra encontrada.
Uma das observações que foram feitas relacionadas à química foi a extração de corantes
naturais, e a partir de então, os únicos fatos relacionados à ciência foram
protagonizados pelos cronistas que ocuparam-se com plantas medicinais da flora
nativa. No século XVIII com a Reforma Pombalina, houve o investimento na
pesquisa de química com a instalação de um laboratório na Universidade de
Coimbra. Mesmo já havendo produções industriais, as atividades relacionadas ao
estudo eram praticamente inexistentes.
Com
a chegada da família real no Rio de Janeiro, no século XIX, as aulas de química
começaram a vigorar inicialmente na Academia Real Militar em 23 de abril de
1811. Embora houvesse o atraso científico no país, Vicente Telles publicou o
primeiro livro brasileiro para o uso no curso de química e mais tarde, após a
publicação de Antoine-Laurent Lavoisier - um importante químico da época que é considerado
até os dias atuais -, lançou a segunda parte do seu livro. Apesar de avançado
para a época, o livro de Vicente Telles, que combatia – como o de Lavoisier- a
teoria do flogisto, não teve as repercussões significativas que merecia por sua
qualidade e atualidade. No Brasil, a química começa com a criação de um
laboratório químico-prático do Rio de Janeiro que tinha como interesse
principal fazer pesquisas com finalidade comercial.
O
surgimento do curso de química no Brasil foi no século XX e, se deu com o curso
técnico de química industrial na faculdade Makenzie College. Após quatro anos
tornou-se nível superior. Neste mesmo período foi criada a escola de química na
instituição de nível superior Oswaldo Cruz. Com o artigo “Façamos Químicos” do
farmacêutico José de Freitas Machado, publicado na Revista de Chimica e Physica e de
Sciencias Histórico – Naturaes em 1918, na qual fez com que houvesse o
crescimento dos cursos regulares. As escolas superiores que utilizavam em seu
currículo o conteúdo de química adquiriam como exemplo o modelo pedagógico
alemão.
A
Sociedade Brasileira de Chimica foi criada em 1922, onze anos após a sua
criação resolveram alterar a grafia Chimica para Química, esta sociedade durou
apenas 29 anos. Um marco na sua história foi à criação da faculdade de
filosofia Ciências e Letras (FFCM) e a Fundação Formal da Universidade de São
Paulo (USP), em 25 de janeiro de 1934. Um ano antes da criação destas, foi
fundada a Escola Nacional de Química da Universidade do Brasil. Em 1959, houve
outro marco importante, a criação do Instituto de Química da Universidade do
Brasil, onde participaram da sua elaboração os professores João Christovão
Cardoso, Athos da Silveira Ramos e João Cordeiro da Graça Filho. A pós-graduação
nos conformes que vigora atualmente em nosso país nasceu em 1963 no Instituto
de Química, quando foram instalados os cursos de química orgânica e bioquímica.
O Laboratório
da Produção Mineral (LPM) foi de grande destaque nas atividades científicas na
área de química. Em 1940 chegou ao LPM a convite do seu diretor, Mario Abrantes
da silva Pinto, o químico austríaco Fritz Feigl, para criar um núcleo de
microquímica. Feigl é ate hoje um dos maiores químicos que trabalhou no país e de
todos os seus trabalhos, os de maiores destaque pelo sucesso e aplicação
industrial foram: O isolamento de cafeína a partir dos extratos de café
concentrado e a solubilização de fosfato contido na bauxita brasileira. Em 1987 durante a reunião anual da Sociedade
Brasileira para o progresso da ciência na PUC São Paulo, a Fundação da
Sociedade Brasileira de Química, fecha um ciclo da historia da química do
Brasil.
Atualmente,
no plano educacional deste país registra-se uma importante evolução no ensino
superior, onde o governo investiu sucessivamente durante vários anos na criação
de novas áreas relacionadas à química, na ampliação de vagas no curso e o
número de graduandos. O que permitiu ao Brasil um grande avanço em atender suas
próprias necessidades. Apesar do setor químico na economia está em crescente
desenvolvimento, o ensino de química no nível fundamental e médio ainda é
defasado, e quando se passa a olhar o ensino de química no nível superior
observa-se que há a melhoria na qualidade da educação.
O
país encontra-se hoje com um nível respeitável em oportunidades permitindo uma
gloriosa evolução na carreira. Conta-se com avançados estudos tecnológicos, uma
inovação na agroindústria, ou seja, várias oportunidades de uma mudança
econômica. Contudo, a produção química industrial está produzindo muito mais do
que a geração de uma economia que dê orgulho, já que nas próximas décadas nos
causará diversas doenças causadas pela poluição liberada pelas indústrias
químicas.
Um
desafio na química é a criação de recursos que possam unir dois importantes
itens dessa etapa da civilização: a geração de riquezas e empregos com
sustentabilidade ao contrário do que realmente acontece, o importante é eliminar
o conceito de que o Brasil dedica recursos para gerar conhecimentos, mas não
sabe usar o conhecimento para gerar riqueza. É inevitável ter como referência a
educação e o desenvolvimento dos países de primeiro mundo onde sua base é
solida e foi construída ao longo de um valioso percurso no desenvolvimento do
capitalismo. Temos bons motivos para concluir que os países emergentes tem um
grande interesse em ter um forte crescimento econômico utilizando-se de um
curto espaço de tempo, deixando pra trás a base mais importante, a educação.
Não se pode ser um país desenvolvido se nas escolas não se tem o mínimo de
respeito com a humanidade.
Conclusão
Ao
termino deste trabalho podemos concluir que a sua execução foi de grande valia
para a aquisição de conhecimentos extraordinários da história e o desenrolar da
educação no campo da química. Vimos que o inicio da química no Brasil surgiu a
partir da admiração posta nas cartas de Pero Vaz de Caminha que descrevia as
belezas da nova terra descoberta, e entre elas, as incríveis cores vermelha e
preto-azulado nas quais os nativos usavam nas pinturas corporais. A partir daí,
em uma breve linha do tempo, vimos que: as primeiras aulas de química a serem
ministradas no Brasil foram após a chegada da família real em 1811; em 1912, a
disciplina de química era ensinada nos cursos superiores de Agricultura e Medicina
Veterinária; os primeiros cursos de química surgiram em 1910 e eram apenas
técnicos e que somente em 1915 se tornaria um curso de nível superior.
O
atual ensino de química passou por vários processos de investimentos para
chegar ao nível em que se encontra. Esses investimentos resultaram em um numero
cada vez maior de vagas, de variedades de áreas relacionadas a química e o
número de concludentes. Quer dizer que o nível superior está em partes no seu
melhor desempenho possível, mas infelizmente, não dá de se dizer o mesmo quando
se fala de ensino de química nos níveis fundamental e médio.
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