sábado, 30 de março de 2013

O ensino de química na Escola


O Ensino de Química na Escola
La enseñanza de química en la escuela.

Amanda Mitiko Junqueira Marui, Diego de Souza Oliveira, Eloir da Silva Lima, Gabriel Mitsuro Junqueira Marui, Maria Jaqueline de Miranda Souza e Nathânia Oliveira Silva
Universidade Federal do Acre (UFAC – Campus Rio Branco), Rio Branco, Acre, Brasil.
                  
              Resumo
Este estudo tem o objetivo de analisar as diferentes percepções do ensino de química, as quais estão presentes em forma de artigos científicos publicados na revista Ciência e Cognição, no período de 2004 a 2011. Trata-se de um estudo que aborda como a química é trabalhada em sala de aula, as maneiras em que o professor utiliza para transmitir conhecimentos e a maneira em que esse conhecimento é recebido.
Palavras-chave: Química; Ensino; aprendizagem; métodos.
Resumo
Este estudio tiene como objetivo analizar las diferentes percepciones de la enseñanza de la química, que están presentes en forma de artículos científicos publicados en la revista Ciencia y Cognición, en el período de 2004 a 2011. Se trata de un estudio en el que se explica cómo la química se hace en el aula, las formas en que el maestro utiliza para transmitir el conocimiento y la forma en que se recibe este conocimiento.
Palabras Clave: Química; Enseñanza, aprendizaje; métodos.









Introdução

O ensino de química vem sendo a cada dia mais estudado para avaliar a qualidade e procurar as soluções dos problemas existentes no seu desenvolvimento nas escolas. Sabemos que a química é a ciência que explica os fenômenos da natureza, o que explica a vida ao nosso redor: a cor que vemos; o aroma que sentimos; o sabor que apreciamos. Na educação ela tem o objetivo de mostrar aos discentes a aplicação da química no seu cotidiano tanto no aspecto científico quanto social.
Segundo Soares (2002), muitas vezes o aluno não percebe ou, não há conexão entre o saber escolar e o saber científico, nem o saber cotidiano. A educação científica e tecnológica carece de estratégias de ensino que produza contextualização, facilitando a compreensão dos conceitos dos conteúdos programáticos ensinados em sala de aula.
O referido trabalho tem como objetivo analisar os artigos da revista Ciência e Cognição sobre o Ensino de Química na Escola no período de 2004 ao ano de 2011. Esta revista publica artigos de pesquisadores nacionais e internacionais, nas línguas espanhola, inglesa e portuguesa desde o inicio, no ano de 2004. Este periódico é publicado nos meses de março, julho e novembro desde a sua estreia, ininterruptamente, até os dias atuais. É uma revista interdisciplinar que publica trabalhos que tratam das ciências sociais, da educação, saúde e etc.
Este trabalho também tem a finalidade de nos dar a iniciação na produção de artigos científicos, os quais serão indispensáveis para a nossa formação acadêmica e na noção do desenvolvimento de novas produções de qualidade.
Por fim, nos resta questionamentos quanto o desenvolvimento do ensino de química nas escolas. Do que elas tratam sobre o ensino?

Aspectos metodológicos
A revista escolhida para a realização deste trabalho foi ciência e cognição com artigos publicados entre os anos de 2004 á 2001. Para o desenvolvimento deste trabalho, fez-se necessário a aplicação de alguns instrumentos de pesquisas e delineamentos qualitativos.
As informações escritas envolveram os registros da explicação e dos artigos estudados e analisados pelos discentes que desenvolveram este trabalho.
Desenvolvimento
Os artigos encontrados na revista tratam de um novo ensino nas escolas, os professores buscaram novas técnicas ao perceber que os métodos que estavam sendo utilizados não tinham os resultados almejados. É importante perceber que os alunos precisam de atrativos para ter um melhor desempenho escolar. Pode-se observar isso na revista de 2008 onde o objetivo principal do artigo é mostrar aos alunos que há uma forma lúdica de aprender química, uma maneira simplificada.
Segundo Cunha (1998), Gomes e Friedrich (2001), Kishimoto (1996) o jogo pedagógico ou didático tem como objetivo proporcionar determinadas aprendizagens, diferenciando-se do material pedagógico, por conter o aspecto lúdico e por ser utilizado para atingir determinados objetivos pedagógicos, sendo uma alternativa para melhorar o desempenho dos estudantes em alguns conteúdos de difícil aprendizagem. Nessa perspectiva, o jogo não é o fim, mas o eixo que conduz a um conteúdo didático específico, resultando em um empréstimo da ação lúdica para a aquisição de informações (kishimoto, 1996). Gomes e Friedrich (2001) salientam que o jogo no ambiente educacional nem sempre foi visto como didático, pois como a ideia de jogo encontra-se associada ao prazer, ele assumia pouca importância para a formação do estudante. Sua utilização como meio educativo demorou a ser aceita. E ainda hoje é pouco utilizado nas escolas e seus benefícios são desconhecidos por muitos professores. Segundo Miranda (2001), vários objetivos podem ser atingidos a partir da utilização dos jogos didáticos, como os relacionados à cognição (desenvolvimento da  inteligência e da personalidade, fundamentais para a construção de conhecimentos); à afeição (desenvolvimento da sensibilidade e da estima e atuação no sentido de estreitar laços de amizade e afetividade); à socialização (simulação de vida em  grupo); à motivação  (envolvimento da ação, do desfio e  mobilização da  curiosidade) e à criatividade. 
Mas não podemos deixar de alertar os riscos que esses jogos didáticos podem trazer aos alunos, se o professor não estiver devidamente preparado para aplicação da metodologia, está poderá seguir um caminho que não seja em momento algum desejado. Observa-se que as desvantagens dos jogos são: se mal utilizados, existe o perigo de dar um caráter puramente aleatório, tornando-se um "apêndice" em sala de aula; os alunos jogam e se sentem motivados apenas pelo jogo, sem saber por que jogam; se o professor não estiver preparado, o tempo utilizado com o jogo pode prejudicar o planejamento; criar as falsas concepções de que se devem ensinar todos os conceitos através de jogos; as aulas podem transformar-se em verdadeiros cassinos, tornando-se sem sentido para o aluno; a perda da "ludicidade" pela interferência constante do professor pode destruir a essência do jogo; a coerção do professor, exigindo que o aluno jogue, mesmo que ele não queira, destruindo a voluntariedade pertencente à natureza do jogo; a dificuldade de acesso e disponibilidade de material sobre o uso de jogos no ensino, que possam vir a subsidiar o trabalho docente.
Todas estas considerações enfatizam que, ao professor assumir uma proposta de trabalho com jogos, significa que deverá estudá-la como uma opção, apoiada em uma reflexão com pressupostos metodológicos, prevista em seu plano de ensino (Grando, 2000).
Na revista de 2009, o artigo “A manifestação de habilidades cognitivas em atividades experimentais investigativas no ensino médio de química” traz, mas uma forma de melhoria no ensino, a experimentação investigativa é uma estratégia no processo de aprendizagem dos alunos que busca uma analise da coleta de dados, discussões que levaram a hipóteses e possíveis soluções. No entanto observa-se a forma como os alunos se comportam diante do professor, que é um detentor do conhecimento, os alunos se prendem a elaboração de relatórios e de resultados já esperados. Assim com a proposta de experimentação investigativa a ideia é propor, testar hipóteses, argumentar, discutir, avaliar e elaborar possíveis soluções desenvolvendo assim seu raciocínio logico e habilidades cognitivas para construção do conhecimento de química.
Segundo Hodson (1994), o trabalho experimental deve estimular o desenvolvimento conceitual, fazendo com que os estudantes explorem, elaborem e supervisionem suas ideias, comparando-as com a ideia científica, pois só assim essas ideias terão papel importante no desenvolvimento cognitivo. Pesquisas mostram que os estudantes desenvolvem melhor sua compreensão conceitual e aprendem mais acerca da natureza das ciências quando participam de investigações científicas, onde haja suficiente oportunidade e apoio para reflexão (Hodson, 1994). Shiland (1999) declara que uma mudança na estruturação e objetivos dessas atividades como, por exemplo, permitir que os alunos identifiquem e controlem variáveis ou que participem da elaboração do procedimento experimental pode contribuir para aumentar e valorizar processos cognitivos mais complexos. Hofstein e colaboradores (2005) concebem as atividades investigativas (inquiry-type laboratories) centrais para a aprendizagem de ciências desde que os estudantes estejam envolvidos no processo de compreensão de problemas e questões científicas, formulação de hipóteses, planejamento de experimentos, coleta e análise de dados, tendo a oportunidade de inferir conclusões sobre os problemas científicos ou fenômenos. Sendo assim a ideia é fazer com que os alunos colaborem participando com suas opiniões e manifestando seu interesse em conhecimento cientifico.
No artigo “Analogias em livros didáticos de química: um estudo das obras aprovadas pelo Plano Nacional do Livro Didático Para o Ensino Médio 2007”, que também é da revista de 2009, trás em seu contexto analogias encontradas nos livros didáticos que são utilizados nas escolas. Levando em consideração que as analogias também estão presentes no nosso dia-a-dia. Como propõe Mol (1999), num estudo que visou distinguir conceitualmente tais ideias, entende-se que tanto o conceito de analogia como o de modelo ou o de metáforas está subordinado a ideia geral de comparação. De acordo com este autor “analogias e metáforas expressam comparações e realçam similaridades, mas elas fazem isso de formas diferentes”. Enquanto as analogias explicitam as características comuns entre os dois domínios, “uma metáfora compara implicitamente, realçando características ou qualidades que não coincidem nos dois domínios” (Duit, 1991: 651).
As analogias também podem vir de forma equivocada. Clement (1993), estudando a utilização de analogias em situações de ensino e aprendizagem, verificou que nem sempre elas produzem o resultado esperado. Para o autor, uma dessas razões é porque as analogias compreendidas como óbvias pelo professor não são vistas da mesma forma pelos estudantes. Outros trabalhos também revelam resultados pouco efetivos no uso de analogias em sala de aula (Friedel  et al., 1990; Venville  et al., 1994; Farman, 1996). Trabalhos que discutem analogias em livros didáticos (Newton, 2003; Cunha, 2006; Raviolo e Garritz, 2008) sublinham que na maioria dos casos elas contribuem muito pouco para uma aprendizagem efetiva. Por isso, é interessante que os autores tenham uma estratégia claramente definida (conselhos, orientações, guias etc) para apresentar as analogias por escrito, auxiliando os leitores (alunos e professores) a identificarem e a aplicarem a analogia adequadamente (Oliva et al., 2001).
É importante verificar se as analogias mostradas nos livros estão realmente de acordo com o assunto aplicado em sala de aula, na maioria das vezes com essa era tecnológicas em que vivemos estas analogias estão descontextualizadas.
De acordo com a revista Ciência e Cognição do ano de 2010, primeira edição, o artigo “O ensino de química no curso técnico integrado PROEJA em metalurgia e materiais (IEES campus Vitória): Analise das percepções discentes”, é um estudo curricular, que aborda de maneira qualitativa, teórico-empírico, desenvolvido por meio de observações, análise de documentos, referenciais alcançados a partir de outros artigos, livros e periódicos. O interesse ao fazer esta pesquisa foi de saber quais são as opiniões dos estudantes do curso técnico sobre o ensino de química no PROEJA em metalurgia e materiais.
               O saber escolar está intimamente ligado à atividade de construir significados assimiláveis pelo aluno, fazendo uso da razão, do raciocínio normalizado, organizando o
conhecimento numa sequência compreensível, tendo por objetivo a manutenção da cultura, como decorrência da manutenção da sociedade (Vademarin, 1998).

               A educação para a cidadania implica, sobretudo, a educação moral e a educação fundamentada em valores éticos que norteiem o comportamento dos alunos
e desenvolva a aptidão para discutir decisões necessárias sempre voltadas para a
coletividade (Santos 2003).
              De uma maneira geral, o professor das disciplinas de ciências e das
disciplinas correlatas tem sido cada vez mais forçado a repensar suas práticas pedagógicas, renovando as formas de contextualização para motivar o aluno a ter interesse pelo estudo das ciências, trazendo-o para sala de aula (Delizoicov et al., 2007).

              Segundo Krasilchik e Marandino (2007: 31) o processo de alfabetização
científica na sociedade é contínuo e demanda a aquisição permanente de novos conhecimentos. “A escola possui papel fundamental para instrumentalizar os indivíduos sobre os conhecimentos científicos básicos [...] a ação conjunta de diferentes
atores sociais e instituições promove a alfabetização científica na sociedade, reforçando-a e colaborando com a escola.”
             A alfabetização científica, segundo Chassot (2007: 29) “é saber ler a linguagem em que está escrita a natureza”. A alfabetização científica pode ser compreendida como uma das possibilidades para aumentar as formas que apontam uma educação mais comprometida. É preciso que se destaque que essa deve ser uma preocupação muito importante também no ensino fundamental ao mesmo tempo em que se concluam as mesmas necessidades para o Ensino Médio (Chassot, 2003).

               Segundo Marandino (2001:98): “Museus e escolas são espaços sociais que possuem histórias, linguagens, propostas educativas e pedagógicas próprias. Socialmente são espaços que se interpenetram e se complementam mutuamente e ambos são imprescindíveis para formação do cidadão cientificamente alfabetizado.”

             Segundo o Documento base do PROEJA de Educação Profissional Técnica de Nível Médio / Ensino Médio (Brasil, 2007: 8) o PROEJA é: “[...], pois, uma proposta constituída na confluência de ações complexas. Desafios políticos e pedagógicos estão postos e o sucesso dos arranjos possíveis só materializar-se á e alcançará legitimidade a partir da franca participação social e envolvimento das diferentes esferas e níveis de governo em um projeto que busque não apenas a inclusão nessa sociedade desigual, mas a construção de uma nova sociedade fundada na igualdade política, econômica e social; em um projeto de nação que vise uma escola vinculada ao mundo do trabalho numa perspectiva radicalmente democrática e de justiça social.”
           
                 A pesquisa, segundo Demo (2008) é integrante de todo um processo reconstrutivo de conhecimento, sendo entendida tanto como procedimento de aprendizagem, quanto como processo de fabricação do conhecimento. Demo (2008:151-152) considera metodologias qualitativas, por exemplo, “[...] pesquisa participante, pesquisa-ação, história oral [...]” e “levantamento feitos com questionários abertos [...] em parte, definem-se como metodologias alternativas”.

No mesmo ano de 2010 no artigo “Elaboração de jogos didáticos no processo de ensino e aprendizagem de química: a construção do conhecimento”, a revista traz mais uma vez formas lúdicas do ensino de química. É importante ressaltar que o objetivo desse artigo é o incentivo de trazer novas formas do saber, informando aos seus leitores que essa nova proposta de ensino pode ser bem sucedida. Temos dois jogos criados por uma turma de ensino médio, onde um é de tabuleiro e o outro jogo da memoria, o objetivo desses jogos é fazer com que o aluno observe atentamente a química presente em seu dia-a-dia. A construção desse artigo teve um embasamento nos princípios de Piaget, que norteiam a pratica pedagógica.

Se o jogo, a atividade lúdica ou o brinquedo busca dentro de sala de aula um ambiente de prazer, de livre exploração, de incerteza de resultados, deve ser considerado jogo. Por outro lado, se estes mesmos atos ou materiais buscam o desenvolvimento de habilidades e não realiza sua função lúdica, passa a ser material pedagógico. Considerando-se essas afirmações, pode-se entender a dificuldade de se utilizar jogos na escola e a grande dúvida gerada entre os estudiosos. (Soares, 2008:4)

A prática pedagógica, do ponto de vista de Piaget, tem caráter investigativo, pois para ele, o indivíduo, sempre é capaz de aprender o novo a partir da prática experimental num processo de evolução mental, nesse sentido a oportunização do lúdico contribui de forma efetiva na aprendizagem. Portanto, consideramos aspectos da obra piagetiana para interpretar a evolução dos alunos em relação à aquisição de conceitos científicos de química no processo de construção dos jogos didáticos, valorizando o papel do construtivismo na aprendizagem.

Ainda na mesma revista temos “Investigação da construção do conceito de reação química a partir dos conhecimentos prévios e das interações sociais”. O ensino que química, assim como outras áreas cientificas, vem sofrendo criticas consideráveis, em função de que o conhecimento desenvolvido seja puramente acadêmico, causando a sensação, nos estudantes, de que esta pronto e acabado, ou seja, não colocando duvida sobre aquilo que se ensina.
A aprendizagem de conceitos que uma pessoa adquire de um determinado conhecimento acontece a partir do momento que ele e capaz de dotar o significado de um material ou informação que lhe é apresentado, isto é, quando se compreende esse material, podendo a partir disso, traduzi-lo para suas palavras. Desse modo, o aluno só aprende de forma real quando é capaz de trazer o conhecimento para sua própria realidade; o papel do ensino de ciência deve ser o de levar aos educandos o reconhecimento e a explicitação de domínio particulares do discurso, nos quais as concepções cientificas e as ideias dos alunos tem cada qual o seu contexto.
Analisando todos os artigos encontrados na revista mencionada, conclui-se que eles levam a uma mesma finalidade, trabalhar o ensino de química nas escolas de uma forma que os alunos possam ter um melhor aproveitamento da disciplina. Constatamos que todo esse estudo realizado com base nos artigos nos da à oportunidade de ter embasamento para buscar uma melhoria nos nossos métodos de ensino.
Conclusão
                   Ciência e Cognição faz uma abordagem sobre o ensino nas escolas, que por sua vez enfatiza sobre vários pontos que devem ser levados em consideração para o desenvolvimento e aprendizado dos alunos, citamos em nossa apresentação os seguintes temas: o jogo ludo químico,  jogos didáticos, analogias nos livros didáticos e investigações tanto para experimentação quanto para formação de conceitos sobre reações Químicas.
                 Ao longo do estudo realizado nota-se uma grande preocupação com o ensino de química, ou seja, a forma como ele esta sendo desenvolvido, mais que por sua vez os educadores estão buscando novas pratica pedagógicas para melhoria do mesmo. Além do mais o grande desafio do educador é de como passar esse conhecimento, como inserir os alunos nas praticas investigativas se eles mesmos não foram habilitados para que isso aconteça, na grande maioria vê que este ensino é transmitido de forma empírica.
                  Entretanto fica claro que os artifícios utilizados precisam de novas metodologias para que os alunos tenham interesse sobre o que se estuda e assim possam se levantar hipóteses, investigar mais os assuntos que lhe chamaram a atenção e buscar propor soluções desenvolvendo suas habilidades cognitivas. Assim então começa uma mudança na educação que buscará melhorias no ensino e suas praticas, fazendo isso, a ciência evoluirá com possíveis descobertas e com muito mais precisão.
Resultados
Neste trabalho analisou-se que o ensino de química nas escolas vem sofrendo alguns mudanças na forma de aprendizagem dos alunos  mas, ainda tem um longo caminho a percorrer ,pois observamos a partir dos artigos estudados   que alguns professores não tem uma concepção pedagógica clara ,suas aulas são improvisadas e sem nenhum objetivo metodológico, deixando seus alunos sem perspectiva para  a construção de conhecimentos; foi possível notar que com  as aulas bem elaboradas e planejadas os alunos podem ter uma melhor concepção dos fenômenos estudados na química.

Referências Bibliográficas

REVISTA CIÊNCIA E COGNIÇÃO. Rio de Janeiro: Universidade Federal do Rio de Janeiro. V 13, 14 e 15, n 1, 2008/2010. Disponível em: http://www.cienciasecognicao.org/revista/index.php/cec/issue/archive.


O início da Química no Brasil


Universidade Federal do Acre
Centro de Ciências Biológicas e da Natureza
Licenciatura Plena em Química – 1º Período
Docente: Murilena Pinheiro de Almeida
Disciplina: Investigação e Práticas Pedagógicas

Amanda Mitiko Junqueira Marui, Diego de Souza Oliveira, Eloir da Silva Lima, Gabriel Mitsuro Junqueira Marui, Maria Jaqueline de Miranda Souza e Nathânia Oliveira Silva


Assunto

Trabalho elaborado e entregue a professora de Investigação e Práticas Pedagógicas, Murilena Pinheiro de Almeida como parte da avaliação da N1.


Rio Branco/Acre
Setembro de 2012

Introdução
O referido trabalho tem por objetivo analisar o desenvolvimento na educação de química, pois sabemos que esse desenvolvimento é fruto de muitas pesquisas e avanços tecnológicos em prol de melhores condições de vida. Este faz uma linha do tempo desde a chegada da química no Brasil e suas aplicações até os dias atuais, onde tentamos aplicar os melhores conhecimentos para o progresso da educação e consequentemente a melhoria da economia do país. Podemos também analisar que os primeiros indícios dessas aplicações químicas foram nas plantas, na extração de cores e na utilização de boticários, também farmacêuticos, que é usado ate os dias atuais.
É importante observar que a educação nesta área veio trazida pela colonização, neste trabalho você vera que tiveram várias escolas, alguns institutos e universidades que fizeram as primeiras formações neste país. Observamos que o ensino foi se modificando e atualmente as universidades tem um bom desempenho tecnológico. Enfim, discutiremos os seguintes questionamentos: Como surgiu o interesse pelos estudos da química no período da colonização do Brasil? Como se deu o processo de inserção da química nos cursos de licenciatura? O que pode se destacar como avanços no plano educacional? Quais são os desafios a serem enfrentados para usarmos a química a favor do desenvolvimento sustentável?


                  O início da química no Brasil

A química tem seu início no Brasil desde a colonização, com a carta de Pero Vaz de Caminha enviada ao Rei Dom Manuel para dar notícias da nova terra encontrada. Uma das observações que foram feitas relacionadas à química foi a extração de corantes naturais, e a partir de então, os únicos fatos relacionados à ciência foram protagonizados pelos cronistas que ocuparam-se com plantas medicinais da flora nativa. No século XVIII com a Reforma Pombalina, houve o investimento na pesquisa de química com a instalação de um laboratório na Universidade de Coimbra. Mesmo já havendo produções industriais, as atividades relacionadas ao estudo eram praticamente inexistentes.
Com a chegada da família real no Rio de Janeiro, no século XIX, as aulas de química começaram a vigorar inicialmente na Academia Real Militar em 23 de abril de 1811. Embora houvesse o atraso científico no país, Vicente Telles publicou o primeiro livro brasileiro para o uso no curso de química e mais tarde, após a publicação de Antoine-Laurent Lavoisier - um importante químico da época que é considerado até os dias atuais -, lançou a segunda parte do seu livro. Apesar de avançado para a época, o livro de Vicente Telles, que combatia – como o de Lavoisier- a teoria do flogisto, não teve as repercussões significativas que merecia por sua qualidade e atualidade. No Brasil, a química começa com a criação de um laboratório químico-prático do Rio de Janeiro que tinha como interesse principal fazer pesquisas com finalidade comercial.
O surgimento do curso de química no Brasil foi no século XX e, se deu com o curso técnico de química industrial na faculdade Makenzie College. Após quatro anos tornou-se nível superior. Neste mesmo período foi criada a escola de química na instituição de nível superior Oswaldo Cruz. Com o artigo “Façamos Químicos” do farmacêutico José de Freitas Machado, publicado na Revista de Chimica e Physica e de Sciencias Histórico – Naturaes em 1918, na qual fez com que houvesse o crescimento dos cursos regulares. As escolas superiores que utilizavam em seu currículo o conteúdo de química adquiriam como exemplo o modelo pedagógico alemão.
A Sociedade Brasileira de Chimica foi criada em 1922, onze anos após a sua criação resolveram alterar a grafia Chimica para Química, esta sociedade durou apenas 29 anos. Um marco na sua história foi à criação da faculdade de filosofia Ciências e Letras (FFCM) e a Fundação Formal da Universidade de São Paulo (USP), em 25 de janeiro de 1934. Um ano antes da criação destas, foi fundada a Escola Nacional de Química da Universidade do Brasil. Em 1959, houve outro marco importante, a criação do Instituto de Química da Universidade do Brasil, onde participaram da sua elaboração os professores João Christovão Cardoso, Athos da Silveira Ramos e João Cordeiro da Graça Filho. A pós-graduação nos conformes que vigora atualmente em nosso país nasceu em 1963 no Instituto de Química, quando foram instalados os cursos de química orgânica e bioquímica.
O Laboratório da Produção Mineral (LPM) foi de grande destaque nas atividades científicas na área de química. Em 1940 chegou ao LPM a convite do seu diretor, Mario Abrantes da silva Pinto, o químico austríaco Fritz Feigl, para criar um núcleo de microquímica. Feigl é ate hoje um dos maiores químicos que trabalhou no país e de todos os seus trabalhos, os de maiores destaque pelo sucesso e aplicação industrial foram: O isolamento de cafeína a partir dos extratos de café concentrado e a solubilização de fosfato contido na bauxita brasileira.  Em 1987 durante a reunião anual da Sociedade Brasileira para o progresso da ciência na PUC São Paulo, a Fundação da Sociedade Brasileira de Química, fecha um ciclo da historia da química do Brasil.
Atualmente, no plano educacional deste país registra-se uma importante evolução no ensino superior, onde o governo investiu sucessivamente durante vários anos na criação de novas áreas relacionadas à química, na ampliação de vagas no curso e o número de graduandos. O que permitiu ao Brasil um grande avanço em atender suas próprias necessidades. Apesar do setor químico na economia está em crescente desenvolvimento, o ensino de química no nível fundamental e médio ainda é defasado, e quando se passa a olhar o ensino de química no nível superior observa-se que há a melhoria na qualidade da educação.
O país encontra-se hoje com um nível respeitável em oportunidades permitindo uma gloriosa evolução na carreira. Conta-se com avançados estudos tecnológicos, uma inovação na agroindústria, ou seja, várias oportunidades de uma mudança econômica. Contudo, a produção química industrial está produzindo muito mais do que a geração de uma economia que dê orgulho, já que nas próximas décadas nos causará diversas doenças causadas pela poluição liberada pelas indústrias químicas.
Um desafio na química é a criação de recursos que possam unir dois importantes itens dessa etapa da civilização: a geração de riquezas e empregos com sustentabilidade ao contrário do que realmente acontece, o importante é eliminar o conceito de que o Brasil dedica recursos para gerar conhecimentos, mas não sabe usar o conhecimento para gerar riqueza. É inevitável ter como referência a educação e o desenvolvimento dos países de primeiro mundo onde sua base é solida e foi construída ao longo de um valioso percurso no desenvolvimento do capitalismo. Temos bons motivos para concluir que os países emergentes tem um grande interesse em ter um forte crescimento econômico utilizando-se de um curto espaço de tempo, deixando pra trás a base mais importante, a educação. Não se pode ser um país desenvolvido se nas escolas não se tem o mínimo de respeito com a humanidade.



Conclusão

Ao termino deste trabalho podemos concluir que a sua execução foi de grande valia para a aquisição de conhecimentos extraordinários da história e o desenrolar da educação no campo da química. Vimos que o inicio da química no Brasil surgiu a partir da admiração posta nas cartas de Pero Vaz de Caminha que descrevia as belezas da nova terra descoberta, e entre elas, as incríveis cores vermelha e preto-azulado nas quais os nativos usavam nas pinturas corporais. A partir daí, em uma breve linha do tempo, vimos que: as primeiras aulas de química a serem ministradas no Brasil foram após a chegada da família real em 1811; em 1912, a disciplina de química era ensinada nos cursos superiores de Agricultura e Medicina Veterinária; os primeiros cursos de química surgiram em 1910 e eram apenas técnicos e que somente em 1915 se tornaria um curso de nível superior.
O atual ensino de química passou por vários processos de investimentos para chegar ao nível em que se encontra. Esses investimentos resultaram em um numero cada vez maior de vagas, de variedades de áreas relacionadas a química e o número de concludentes. Quer dizer que o nível superior está em partes no seu melhor desempenho possível, mas infelizmente, não dá de se dizer o mesmo quando se fala de ensino de química nos níveis fundamental e médio.